A crise

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Vivemos uma crise de enormes proporções, que está afetando a saúde, a economia e a vida de cada um de nós.

Ninguém tem a solução definitiva para o que está acontecendo, não há uma fórmula porque nunca passamos por isso antes. Vamos observando, tentando entender, e ajustando a nossa conduta como sociedade à medida que as coisas vão acontecendo.

É preciso responsabilidade, solidariedade e empatia nesse momento de crise. E isso significa muito mais do que ficar em casa para não espalhar o vírus.

Para empresas e empregadores, ser responsável e empático também significa evitar demissões, para não criar mais pânico e insegurança na sociedade. Vale lembrar que, em geral, empresas têm mais acesso a crédito e conseguem aguentar um pouco mais a crise do que uma família.

Para consumidores, agir de forma responsável é comprar apenas o necessário dos itens essenciais, permitindo que outras pessoas também tenham acesso a eles. Ser solidário é pagar suas contas em dia, sem usar como desculpa a crise, lembrando que dos seus pagamentos pode depender o emprego de outras pessoas.

Para cada um de nós, ser responsável é pensar antes de compartilhar notícias nas redes sociais, evitando criar pânico e confusão com informações falsas. É seguir as regras e tentar não atrapalhar o combate à epidemia.

Para todos nós, empatia e solidariedade também significam tratar com respeito e consideração os profissionais da saúde e da segurança e os gestores públicos que estão trabalhando sob uma pressão imensa, tentando fazer o melhor para proteger a sociedade.
Assim como a propagação do vírus, a crise econômica é inevitável. O que depende da nossa atitude é a rapidez e a gravidade com que isso vai ocorrer. Depende de nós reduzir os danos, proteger os mais frágeis e nos prepar para um recomeço, mais responsável, solidário e empático.

Tatiana François Motta
Economista e empresária.