Numa Realidade Incerta

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Frente a incógnita de um desconhecido futuro

Frente a imprevisibilidade de misteriosos amanhãs

Ou frente a incontrolabilidade de ocultos porvires

A certeza do momento presente

A convicção do viver no aqui e agora

E a infalibilidade deste insubstituível segundo

São uma aprazível âncora que impedem os pensamentos de perderem-se na deriva de seus criativos desesperos

De extraviarem-se no Deus-dará de seus desânimos

De desorientarem-se no acaso de suas aflições

De desgraçarem-se no descaminho de suas angústias

 

Ou seja, o aqui e o agora

Esta irrepetível ocasião

Este irreproduzível instante

Com todas suas plenitudes de possibilidades e de caminhos

São um eficiente antídoto contra desesperançosos devaneios que as incertezas causam na psique pessoal.

São um hábil antivírus que nos imuniza contra os desânimos que o medo causa na cognição individual.

 

Em outras palavras, o desconhecido é imprevisível

O imprevisível é incontrolável

E o incontrolável causa inquietações e angústias

 

No entanto, aqui e agora, neste exato momento

A decisão de como relacionar-me com este incontrolável cenário

Está 100% sob o meu controle

 

E assim, sob os auspícios desta plenitude de poderes cognitivos

Eu escolho viver cada segundo no ápice de possibilidades que a vida me brinda

Porque este brinde é um presente

Um presente brindado a cada momento.

Momentos estes, que sempre escolhe viver plenamente.

 

Para citar este imprevisível poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Numa Realidade Incerta.