Será que realmente vivemos nossas vidas?

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Será que realmente vivemos nossas vidas?

Normalmente, a maneira como nos relacionamos com as pessoas, com as coisas e com o mundo ao nosso redor não é baseada em interações racionais e objetivas.

Como assim?

 

Em essência, nossos pensamentos, nossas ações e nossas palavras são absurdamente influenciadas, para não dizer totalmente condicionadas pelos…

 

Nossos dissimulados medos.

Nossas tresloucadas fantasias.

Nossas incontroláveis invejas.

Nossos egocêntricos desejos.

Nossos obscuros medos.

Nossas aprisionadas fantasias.

Nossos insatisfeitos sonhos.

Nossas arcaicas e limitadas visões da vida.

Nossos apavorantes traumas.

Nossas desequilibradas ansiedades .

Nossas inalteráveis inseguranças.

A, acima de tudo,

Nossas baixo autoestimas.

Nossas tacanhas autoconfianças.

E nossos débeis amores-próprios.

 

Ou seja, quando nos relacionamos com outros, nos iludimos que somos plenipotenciários de nossas volições, pois na verdade quem está agindo são nossos pavores, nossos ciúmes, nossas cobiças e nossas exíguas visões existenciais.

 

Isto é, nossas insensatas prisões culturais, espirituais, emocionais e intelectuais são o oráculo que se manifesta em nossas transações cotidianas.

 

Então, neste momento você deve estar se perguntando, existe outra maneira de viver?

 

Sim, existe.

 

E o mais estimulante é que todos nós já vivemos de tão natural maneira.

 

Ela é amplamente observável nas crianças, pois…

 

Elas interagem espontaneamente, sem segregações ou julgamentos

Amam incondicionalmente, sem controles ou ressalvas

Agem impetuosamente, sem receios ou fobias

Conversam aberta e curiosamente, sem discriminações ou cismas

Vivem como se cada segundo fosse mágico, interessante e infinito.

 

E o fazem, pois em essência, elas entendem a plenitude de suas essências e, sem demandas, manifestam intensamente seus intrínsecos e naturais atributos.

 

Então, fica aqui a honesta pergunta….

 

A sua liberta, desperta e alerta criança está espontaneamente vivendo ou está aprisionada nalgum sombrio calabouço de seus medos e desilusões? (Tadany – 21 02 22)

 

PS: Para citar esta natural reflexão:

Cargnin dos Santos, Tadany. Será que realmente vivemos nossas vidas?