Suicídio: falar é a melhor opção

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O suicídio é a principal causa de morte de adolescentes e adultos com menos de 35 anos. Um índice que cada vez mais assusta a todos nós. Na história da humanidade casos de suicídios sempre existiram, assim como a adolescência sendo uma fase turbulenta. Por isso, devemos estar atentos a todo tipo de comunicação, seja, verbal ou não verbal.
Hoje existem campanhas em prol da prevenção do tema. Ele é alarmante, aterrorizante e causador de muito medo nas famílias. É preciso deixar claro que pessoas que estão bem não pensam em tirar a própria vida. Jovens que se envolvem em jogos como “A Baleia Azul”, estão pedindo socorro. Caso contrário este jogo não chamaria a atenção, pois trata-se de um o jogo virtual sádico,  onde os jovens são desafiados à automutilação e incentivados a renunciar a própria vida como alivio da dor. 
As formas de suicídio mudaram, mas ele sempre existiu. Como por exemplo, a roleta russa. Hoje o tema é muito falado e pensado em todos os lugares. É possível também pensar que ele não era falado pelo mito que carregámos há muitos anos “falar aumentam as chances”.
O diálogo é considerado o primeiro passo para interromper o ciclo de autodestruição, é o primeiro passo de ajuda. Pois, falar sobre este assunto pode aliviar a angustia e a tensão que estes pensamentos trazem. Isto não aumenta o risco da pessoa se matar, pelo contrário, é fundamental dar informações a população sobre o problema, onde buscar ajuda, sintomas, etc…
As famílias mudaram, consequentemente as crianças e os jovens chegam cada vez mais cedo na adolescência. O mundo virtual esta aí, e às vezes algumas crianças, infelizmente, acabam aprendendo mais com as “máquinas” do que com os pais. O adolescente não tem uma visão crítica em relação ao prejuízo. Diante disso, a família, o olhar, a imposição de limites ainda é fundamental e estruturante.
Hoje tudo está potencializado. Seja o maior acesso às drogas, a possibilidade maior de isolamento, a exigência da sociedade do perfeccionismo, do sucesso e do culto a beleza, explicam o aumento do suicídio como uma busca para fugir dos seus sofrimentos.
O grito é silencioso do suicídio e devemos ficar atentos aos sinas de alerta: mudança drásticas de comportamento; aumento da agressividade e das brigas na escola; perda de vínculo com a turma de amigos; apatia total e distanciamento; tentativas previas de suicídio; tristeza intensa; queda nas notas e na frequencia escolar; falta de interesse na vida e planos para o futuro; doação inexplicada de objetos valiosos.
“Gostaria de dormir para sempre, nunca mais acordar” ou “o mundo ficaria melhor sem mim”, são frases de alerta à todos nós.
 
Maíra Lima Barroso
Psicóloga CRP:07/12859
Especialista em Psicoterapia de criança, adolescente e adulto.
Telefones (51) 981-888-999 e (55)997-177-312