O vocábulo acima deriva do verbo prometer, que quer dizer: “Obrigar-se verbalmente ou por escrito a fazer ou dar alguma coisa. Dar esperanças ou probabilidades. ” (in Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio)
Nestes dias o que mais o povo brasileiro ouve, são promessas de todos os gêneros e que atendem todas as aspirações. Desde a solução do problema, com a extinção das filas em pronto atendimento e hospitais credenciados no SUS até o pagamento em dia dos funcionários públicos.
Ora, para o cidadão comum isso soa como uma dádiva que poderá cair do céu. Entretanto, tais assertivas carecem de credibilidade e são, no cenário atual não factíveis.
Explico: O problema da saúde é de uma complexidade muito grande que não se resolve por decreto.
Primeiro deve ser atualizado o regime de prestação de serviços pela classe médica, com pagamento justo e legal para os operadores da medicina. Ao lado disso deve ser implantado também um sistema capaz de gerenciar tais serviços para que, efetivamente haja pagamento para quem trabalha, e não para os que dizem ou fazem de conta que trabalham.
Em segundo lugar deve ser implantado um sistema de atendimento à população, na qual não exista uma duplicidade de atendimento, onerando e entravando o sistema.
Ao lado disso deve haver uma conscientização da sociedade, especialmente daqueles que usam o SUS, para que façam o uso desse sistema com parcimônia e seriedade, pensando sempre que existem outros seres humanos que dependem e precisam desse atendimento.
É claro que alguém pode dizer que isso é coisa de primeiro mundo, que no nosso país, pensar assim é uma quimera.
Penso que não, basta vontade política para implementar um sistema mais justo e humano. E para isso não é necessários grandes investimentos financeiros.
Entretanto, entendo que, todas as promessas que enchem nossos ouvidos diariamente, e por todos os meios, devem ser vistas e ouvidas com reserva, para que futuramente não nos sintamos decepcionados e traídos.
Devemos pensar muito. Analisar com seriedade e somente depois nos identificar com alguém, para sufragar o seu nome na urna eletrônica.
Os últimos exemplos não deixam dúvidas, nós erramos e muito. Não podemos permitir a repetição, pois estaríamos sendo pouco patriotas e esquecendo dos nossos filhos e netos.
É o que penso.
Julho de 2018.
Dr. Modesto Roballo Guimarães.
OAB/RS 21085