Ninguém em sã consciência, acredita que a onda de crimes perpetrados por extremistas irá ter fim brevemente.
As diferenças sociais, não são, ao nosso minoritário entendimento a pedra mó, desses eventos criminosos.
As motivações são de um leque muito maior. A religião ou doutrina dos muçulmanos, em especial o chamado Estado Islâmico é um dos fatores preponderante.
Ora, basta que pensemos um pouco para ver que há uma coalisão de estados europeus (ditos donos do mundo) para combater o que para eles faz o sentido de todas as guerras.
Por outro lado, o estado islâmico, está na frente de pensamentos políticos poderosíssimos.
As monarquias do Golfo Pérsico, estão de certa forma, respaldando esses movimentos sociais e religiosos.
Penso que a invasão do Iraque, com o assassinato do Sadan Ussein, pelas forças militares americanas, foi o marco inicial ou desencadeador dos movimentos radicais promovidos pelos xiitas e a criação do denominado Estado Islâmico.
Se por um lado existem os radicais xiitas, de outro não menos radicais estão os denominados sumitas, que fazem pregações antagônicas do livro sagrado dos muçulmanos.
A realidade do oriente médio, é totalmente diferente da que nós aqui vivemos. Por isso, a nossa dificuldade em entender essas variantes. São povos com milênios de conhecimento. Com desentendimentos ancestrais. Com visões diferentes da religião ou dos mandamentos de MAOMÉ, líder religioso árabe, fundador do Islamismo, nascido na cidade de Meca, atual Arábia Saudita. (570/632)
Devemos considerar que o islamismo é uma religião que conta hoje com mais de bilhão de seguidores em todo mundo. Não é só no oriente médio. Está na África, na Ásia, na Europa e nas Américas.
Então pelo que se pode ver, as diferenças não são abarcadas pela contemporaneidade. Suas raízes remontam aos primórdios da era cristã.
Por fim, penso que a tentativa dos ditos países ricos situados na Europa, dizendo que irão exterminar os radicais do denominado Estado Islâmico, soa como mais uma forma de justificar os erros cometidos por aqueles do que efetivamente querer realizar algo de concreto para que se instale a tão almejada paz, não somente na Europa como também na América.
É o que penso.
Novembro de 2015.
Dr. Modesto Roballo Guimarães.
Oab/RS 21.085