O termo supra deriva do latim e quer dizer “o que está vago” ! Existe a vacância material e existe aquela que, embora o espaço seja ocupado, tal situação não gera qualquer expectativa de movimento.
É o que atualmente existe no nosso país. O atual presidente, guindado a suprema magistratura da nação, por caminhos transversos, tendo começado seu governo com uma popularidade muito baixa, hoje após os últimos acontecimentos, despencou sua popularidade e junto a credibilidade, ponto fundamental para que um executivo consiga seu intento, ou seja construir algo de bom para a sociedade.
Sem querer avançar sobre o mérito da questão atual, pois poderíamos pecar pelo afoitamento, as certezas ou incertezas somente vêm pelo transcurso de tempo.
O que fica claro como a luz solar é que houve por parte do atual presidente um ato mais que falho. Houve isto sim, uma série de atos que desonram o supremo cargo da nação.
Aliás, é o próprio presidente que chama seu interlocutor de “falastrão”, “mentiroso” e “gabola”. Ora, onde fica a seriedade das palavras do presidente, quando o mesmo, na calada da noite recebe uma pessoa com as qualificações desse cidadão para uma conversa reservada?
No mínimo faltou com o decoro.
Então as afirmações do chefe da nação pecam pela falta de coerência.
Por outro lado, penso que qualquer saída para o impasse que hoje a nação vive, obrigatoriamente deve passar pela leitura e determinação constitucional. A nossa Carta Magna é clara nesse sentido. Inventar outro caminho é cair no casuísmo perigoso e talvez saia mais caro a emenda do que o soneto.
Penso que o ideal é fazer novas eleições presidenciais em 2018, sem atropelo, sem casuísmo, sem o açodamento momentâneo que nada constrói.
Entretanto, respeito a opinião daqueles que pensam o contrário e desejam uma solução urgente e talvez não muito democrática.
O novo presidente deve discutir com toda sociedade as reformas que se fazem necessárias, atraindo dessa forma a legitimidade, sem a qual nada será feito.
É o que penso.
Maio de 2017
Dr. Modesto Roballo Guimarães.
OAB/RS 21085