Rimando com a Alma

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 Cada segundo, no mundo

Um novo renascer, florescer

Despertar único, objetivamente profundo

Deleites da alma, humano amanhecer.

 Calmo na apreensiva inquietação do quotidiano

Livre no meio de tantas algemas doutrinantes

Desperto no meio de adormecidos humanos

Caminham meus anseios, por esta senda fulgurante.

 Com antagonismos excessivos em potência alterada

São os eus que em mim habitam

Ora são oásis de sossego, ora ruídos que muito gritam

Enquanto a alma, a tudo assiste como uma espectadora encantada.

 

E este corpo é a sublime estrutura

Usado pela alma para imprimir suas digitais

Um encontro intenso, mas que pouco perdura

Pois a alma um dia seguirá, peregrinando por outros canais.

 E para cada amanhecer aparecido no horizonte

Uma honorável ação deverei executar

Para transformar a vida numa exuberante fonte

Onde sublimes moléculas de imortalidade, oxalá irei plantar.

 

PS: Para citar este Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Rimando com a Alma.