Me olho pelo retrovisor, e sinto meu eu. Rasgo uma cortina de seda do meu mundo

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Foto: Popô

Confesso para vocês que ter encontros com a terapia emocional, já faz parte da minha vida, assim como ingerir um lítio pela manhã. Consigo trazer à tona nesses encontros meus demônios que estão escondidos nos mais recônditos espaços do meu ser. Eles por vezes se mostram injustos com a gente, querem ser a Cuca da infância a nos engolir ou brincar de boi da cara preta. Imaginem, amo tanto me deitar no divã relatando minhas mazelas a minha analista e aliviar meu coração de minhas dores, quem não tem, não as do coração mas as da alma. Minha terapeuta não deixa de ser uma dama de negro, mas me faz bem que na primeira sílaba já discorro sobre a cor do meu dia. Como tenho aprendido com ela, e me faz tão bem que me sinto mais gente e até nem mais me importaria se papai me dissesse esse rapaz tá ficando louco. A verdade é que sempre busquei por esse viés da leitura da psique desvendar os mistérios de mim mesmo criado e incompreendidos pela própria falta de generosidade comigo mesmo. Adoro minhas terapias tenho transformado tanto limão em limonada. A gente vai se curando se amando, se olhando para dentro, vendo como somos grandiosos, nascidos para amar e ser amado, viver e ser vivido. Goste, quem gostar. Bem, repito, adoro minhas terapias, a madrugada chegou é hora de sair do palco com os ouvidos cheios de música do ABBA e de lembranças do seu Museu localizado na Estocolmo, meu amor a primeira vista.