A semana é de realização em São Borja de mais uma edição do LIRA (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti). Trata-se de uma avaliação por amostragem, definida pelo Ministério da Saúde, realizada quatro vezes por ano no País – duas no primeiro e outras duas no segundo semestre. O objetivo é identificar e eliminar possíveis larvas ou focos do mosquito, que transmite doenças como dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.
Em São Borja, para realização do LIRA, entre os dias os dias 27 e 31 de maio, será mobilizada toda a equipe dos agentes de endemia do Serviço de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde e seu coordenadores técnicos. Também participam dois técnicos da 12ª Coordenadoria Regional da Secretaria Estadual de Saúde, sediada em Santo Ângelo. A previsão é que na próxima semana sejam divulgados os números relativo ao Levantamento, bem como balanço sobre os cinco primeiros meses do ano. Nas últimas semanas diminuiu o registro de focos, mas, no total, os primeiros meses de 2019 já superam a incidência de todo o ano passado.
No serviço de monitoramento sanitário de rotina, 24.742 locais são inspecionados pelos agentes de endemia, incluindo 403 no vila de Nhu-Porã. Por ocasião do LIRA e mediante sorteio do Ministério da Saúde, serão visitados 20% dos locais normalmente monitorados nas áreas do centro-sul da cidade e bairros do Passo e José Alvarez. Nas demais regiões, bairro Pirahy e vilas Umbu e Nhu-Porã, a amostragem será maior – de 50% dos pontos habituais.
A veterinária Janaína Leivas, uma das coordenadoras técnicas no combate ao Aedes, ressalta que o período de queda nas temperaturas não significa menos riscos do Aedes aegypti. Ele explica que, “além dos materiais de proliferação continuarem encubados, as intensas ocorrências recentes de chuvas potencializam o surgimento de larvas e mosquitos”. Com isso, ele reitera recomendação de atenção redobrada, de modo que sejam eliminados, com frequência, todos os depósitos de água e demais ambientes que possam virar criadouros de mosquito.
O diretor de Vigilância Sanitária, Adilson Quevedo, chama atenção para pneus eventualmente abandonado pela cidade. “Esse tipo de material, uma vez jogado, sem o devido cuidado, no meio ambiente, ou ferros-velhos ou borracharias, pode ser núcleo de proliferação do mosquito”. O pedido é para que os pneus velhos sejam levados a depósito da Prefeitura, no antigo hospital São Francisco, onde, semanal ou quinzenalmente, uma empresa faz recolhimento para reciclagem.