Alguns procuram o infinito
Outros, no escuro, são um tenebroso grito
Existem os que superam seus limites
Outros se implodem, descontrolados dinamites
Tem os que queiram sabedoria
Outros sagazmente desejam somente alegria
Há os que fogem da coragem
Alguns encontram refúgio na malandragem
Tem também os maldosos, respingos diabólicos
Outros depressivos, constantemente melancólicos
Tem os que são ternos, sensíveis por natureza
Há os que são inocentes, bendita pureza
Existem os letárgicos, não querem fazer nada
Também os brutamontes, vivem na porrada
Uns são criativos, fontes sempre jorrando
Outros são ágeis, ações sempre se manifestando
Há os que são corruptos, distorcidos por essência
Outros são manipuladores, mascaradas aparências
Alguns são viciados, personalidades dependentes
Existem os que cruzaram a fronteira, lunáticos dementes
Muitos são amigos, parceiros por excelência
Outros são sozinhos, emocional inadimplência
Tem também os escravos da vaidade
Outros, andam desprendidos, bela liberdade
Existem os soberbos, perigosa arrogância
Há os que encontraram o antídoto, doce tolerância
Alguns são admirável pureza e mágico amor
Poucos vivem num sublime esplendor
Enquanto isto, todos creem em suas verdades
Sejam elas benevolentes, ou puras maldades
Visões únicas ou raios de multiplicidade
Sendas tortuosas ou vales de felicidade
Jornadas mundanas ou ímpetos de divindade
Todos partes deste magnífico caleidoscópio.. chamado humanidade.
PS: Para citar este Poema:
Cargnin dos Santos, Tadany. Caleidoscópio Humano.