Todos os anos, a campanha Janeiro Branco desenvolve ações visando ao bem-estar e à proteção da saúde mental. O tema deste ano da campanha é: “A vida pede equilíbrio”.
Em São Borja, ao longo deste mês, através de parceria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Hospital Ivan Goulart (HIG) serão desenvolvidas atividades reforçando orientações à comunidade. Na noite de segunda-feira (09/01), já ocorreu roda de conversas, promovida na instituição hospitalar.
A atividade foi dirigida a servidores do HIG da área administrativa, com possibilidade também de acompanhamento online. Pela Saúde municipal participaram como coordenadoras da ação as psicólogas Natieli Londero e Cristina Decian. Já pelo Hospital Ivan Goulart foram mediadores da conversa a coordenadora de Serviço Social, Cíntia Lersch, e o psicólogo da instituição Marcelo Galle.
O encontro teve como enfoque central a necessidade de reflexão sobre o tema da saúde mental. Os profissionais da área ressaltam que, para garantir pleno equilíbrio e saúde mental adequada, é indispensável, também, boa saúde física. A recomendação, deste modo, é de que ações de apoio sejam permanentes, mesmo que realizada com mais ênfase no Janeiro Branco.
Através da campanha, a meta é estimular práticas no cotidiano que evitem o adoecimento psicológico e emocional das pessoas. A síndrome de Bumout é uma das principais causas do adoecimento e está relacionada ao trabalho. A psicóloga Cristina Decian ressalta que, “com isso, as empresas – públicas e privadas – devem estar atentas a eventuais sintomas de desequilíbrio mental e emocional, devendo então sempre oferecer ajuda.”
Entre as recomendações básicas estão ambiente de bem-estar, com exercícios físicos, boa alimentação, sono regular e relações sexuais. Dados de 2022 da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que quase um bilhão de pessoas no planeta, inclusive crianças, vivem com algum transtorno mental.
O número de pessoas atingidas é maior devido à crise sanitária da pandemia da Covid-19. São Borja conta com equipe multidisciplinar, que além de educador físico, assistente social e nutricionista, possui cinco psicólogas para atender a demanda de saúde mental, além das psicólogas do CAPS I Caio Escobar e CAPS AD, no CER e no Programa Melhor em Casa.
As profissionais são responsáveis pela demanda referenciada das ESFs, no que se refere a casos leves e moderados. As psicólogas fazem atendimentos psicológicos, grupos de redução de peso (pacientes com necessidade de cirurgia bariátrica), grupo de tabagismo, grupo com crianças e adolescentes, além de avaliações neurológicas.
Segundo a psicóloga Fernanda Sasso, uma das profissionais que trabalha na Rede, os números vêm aumentando diariamente. Só em novembro foram 700 atendimentos. Contudo, entre 15 e 20% dos pacientes não comparecem às sessões marcadas. Desta forma, a Secretaria Municipal da Saúde destaca a importância de o paciente informar o não comparecimento ou até mesmo a desistência, pois sempre existem pessoas que necessitam do atendimento e estão aguardando um horário.
Para que o atendimento seja eficiente, a supervisora do serviço, Manoela Malgarim, explica que equipe criou regras para dinamizar os atendimentos: o não comparecimento do paciente no primeiro atendimento sem justificativa prévia ou em até 7 dias, será desligado; caso for faltar à consulta é necessário ligar para remarcar em até 7 dias ou voltará para o fim da fila, em caso de várias faltas o paciente será desligado e necessitará de novo encaminhamento para retomar o tratamento.
A secretária da Saúde, Sabrina Loureiro ainda destaca que a terapia para ser eficaz precisa ocorrer de forma contínua, por isso faltas durante o processo dificultam o tratamento. Ela informa ainda que, para este mês, estão sendo programadas ações alusivas ao Janeiro Branco para conscientização da importância da saúde mental.
Texto e foto: DECOM PMSB