Afastamento, não presença, distante. Todos esses sentimentos se mesclam no plano em que vivemos.
Embora nós por vezes, consigamos driblar determinadas circunstâncias, no fundo ela vai estar lá. A primeira, a mais bela, a mais elegante, a mais amada das mulheres da minha vida.
Sempre fui avesso a datas comemorativas, até porque têm um apelo comercial, que não faz o meu tipo.
Entretanto, hoje fazendo uma leitura dos tempos idos, revendo algumas coisas que ficaram e ficarão para a eternidade, senti vontade de fazer uma homenagem singela, mas de profundo caráter amoroso a grande pessoa que foi minha mãe.
Seria difícil relatar seus feitos enquanto esteve neste plano. Que eu lembre foi quase tudo na vida. Desde parteira, aquela pessoa que estava disponível a qualquer hora do dia ou noite. Inverno rigoroso ou no cálido verão, para ajudar a trazer à vida os bebês, até ministra da igreja católica.
Um caráter muito forte. Uma vontade ferrenha de sempre estar na vanguarda dos acontecimentos sociais e políticos. Embora de poucas luzes era extremamente sábia.
Enfim lembrar isso que são reminiscências próprias e que podem nada dizer aos poucos leitores que tenho, nada de mal trará. Ao contrário, quem não gostaria de ter uma pessoa amada ao seu lado? E que se fosse para sempre, seria muito melhor.
Ao final, peço escusas pelo texto que não tem nada a ver com a situação política pela qual estamos passando, mas não poderia deixar de fazer o que me dita o coração neste momento.
Dr. Modesto Roballo Guimarães.
OAB/RS 21085