Algumas vezes, os relacionamentos têm um tremendo poder de matar o amor, impiedosamente.
No entanto, é importante destacar que não é o relacionamento em si que é responsável por isso, o principal problema são as errôneas visões ou os distorcidos conceitos de o que é um relacionamento e que, consequentemente, possuem um impacto que tem uma força destruidora das vivificantes energias do amor.
Pois como todos sabemos, o amor é uma fonte que está constante e majestosamente derramando seu sublime, curador e transformador néctar sobre aqueles que o emanam e sobre aqueles que o recebem.
E além disso, por ser uma energia natural, o amor não necessariamente precisa de nenhum outro objeto para se manifestar pois, seus fluxos são intrínsecos à natureza pessoal e, portanto, sempre disponíveis, sempre transbordantes e sempre exuberantes.
Similar ao sol que incessantemente irradia sua energia, seu calor e sua luz em direção a tudo, a todos e a todo o momento, simplesmente porque essa é sua natureza.
Porém, certos relacionamentos tendem a não ser tão espontâneos e tão naturais quanto o amor e o sol, porque quando algumas pessoas adentram num relacionamento, uma melodramática cena quase que incontrolavelmente surge e se desdobra em absurdas expectativas, infindas demandas, inumeráveis e indesejáveis projeções, constantes transferências de ideais, de medos, de inseguranças e de insatisfeitos sonhos de um para o outro e, acima de tudo, uma pressão quase autoritária sobre o outro cônjuge para que ele, ou ela, mude seu estilo de vida, seu comportamento, sua atitude e suas ações a fim de acomodar o que o outro deseja ser satisfeito em sua mesquinha e opressora visão de mundo.
Em outras palavras, essas miseráveis, equivocadas e quase desumanas demandas que as pessoas frequentemente adicionam aos seus relacionamentos são um nefasto veneno que tem a capacidade de assassinar cruelmente até mesmo o mais intenso e mais sublime amor da terra.
No entanto, se realmente a pessoa quer evitar estas catástrofes relacionais e deixar o amor se revelar em seu relacionamento, a atitude mais doce, mais prática e mais humana seria permitir que o amor seja mais forte do que qualquer limitada visão, ou restrito condicionamento, da vida para que, ao se transmutar da avarícia para o altruísmo, da opressão para a liberdade, do eu para o nós, ele se torne um veículo através do qual a força mais poderosa do mundo, o AMOR, se manifeste fluída e amorosamente em todos os seus relacionamentos.
Como citar esta amorosa reflexão: Cargnin dos Santos, Tadany. Talvez, o seu relacionamento esteja matando o seu amor.