SAE prepara ações alusivas ao Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais

25
Foto: Reprodução/Internet

As hepatites virais são responsáveis por mais de 1 milhão de mortes por ano. São a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose, e 9 vezes mais pessoas são infectadas com hepatite do que com o HIV. Por esses e outros motivos, em 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho.

Em São Borja, a data será marcada por ações organizadas pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Durante todo o dia, o SAE terá duas salas à disposição da população para testagens rápidas de Hepatites B e C, HIV e Sífilis. Além disso, serão repassadas informações a respeito destas infecções, como por exemplo: as formas de transmissão, diagnóstico e tratamento. Haverão ainda, aconselhamento e distribuição de folders.

O prefeito Eduardo Bonotto ressalta que mesmo com o trabalho intenso da Secretaria Municipal da Saúde no combate à pandemia da Covid-19, os demais serviços da pasta não pararam em momento algum e que o trabalho continuou sendo prestado com excelência. “Todos os setores da Saúde municipal seguem atuando de forma a nunca deixar a população desassistida. Da mesma forma, o SAE realizará no dia 28 de julho esse serviço importantíssimo de conscientização sobre as hepatites virais”, afirma.

Segundo o enfermeiro coordenador do SAE, Glauber Marques, em 2020 foram diagnosticados 36 novos casos de hepatites no município. Por isso é tão importante reforçar os cuidados que a população deve adotar em relação a essas doenças. “O teste rápido é gratuito e está disponível em todas as Unidades de Estratégias de Saúde da Família (ESFs) nos bairros e também no SAE. O resultado demora em torno de 15 minutos e é fornecido através de laudo técnico no momento do atendimento. Para realizar o exame basta uma gota de sangue da ponta do dedo”, enfatiza.

O SAE funciona na Avenida Presidente Vargas 2389. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 07h15min às 12h e das 13h15min às 16h.

O que são hepatites virais

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Trata-se de uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão.

O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e tuberculose.

Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.

Além disso, ainda que a hepatite B não tenha cura, a vacina contra essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no SUS, nas Unidades Básicas de Saúde. Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há medicamentos que permitem sua cura.

Texto: DECOM SB