Plantas que curam

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A Paróquia São Francisco de Borja, tem na Pastoral da Saúde, uma atividade relevante, de visitar doentes no Hospital, levar a eucaristia no lar de pessoas que não conseguem sair de casa, principalmente doentes acamados, e proporciona a população geral, um auxilio no alivio da dor, por meio de medicamentos artesanais, produzidos a partir do princípio ativo das plantas.

Com isso se minimiza os efeitos colaterais da farmacologia tradicional, promovendo saúde sem risco de dependência.
Estes medicamentos artesanais raramente produzem alergia, comum na medicação tradicional, ainda possibilita uma economia financeira ao paciente.
O decreto 5813, de vinte e dois de junho de 2006, estabeleceu a política nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, cria diretrizes para o desenvolvimento de ações no sentido de garantir o acesso seguro, e o uso racional dos remédios, cuja fonte seja a flora brasileira.

É evidente que se exige alguns procedimentos legais na sua produção, de modo especial quando a higiene do ambiente, da matéria-prima usada e dos utensílios nos quais são contidos, o que é rigorosamente observado e controlado na Pastoral da Saúde, da Paróquia São Francisco de Borja, que tem na sua coordenação a professora Marisa Disconzi, com assessoramento competente de Maria Knapp e auxilio dedicado de mais de uma dezena de voluntárias, a maioria do sexo feminino, com formação diversa, e idade que varia dos trinta aos noventa anos.

Voluntárias, pessoas anônimas da comunidade sem outro propósito, a não ser o de servir com a mais absoluta responsabilidade, servindo à Deus e ao próximo, numa verdadeira atitude de Evangelização.

É evidente e notório que o uso de plantas como processo de cura é milenar, e a medicina de hoje aceita plenamente este fato, a morfina, por exemplo, deriva da planta chamada papoula.

A eficácia do princípio ativo das plantas é indiscutível, a discussão se dá em torno de sua dosagem, e ai que temos que ter outro cuidado de não nós exceder: existe uma dose e um tempo para seu uso, não observando isso podemos ter efeitos não desejados, e a pastoral da Saúde avalia, com muito cuidado, a dosagem e o tempo para cada patologia.
Por fim vou citar alguns exemplos bem conhecidos, de plantas que curam, muito usadas em nossa Pastoral da Saúde, com grande sucesso algumas cultivadas no jujeiro da Pastoral na comunidade São Roque.

A camomila: usada na insônia e indigestão.
A espinheira santa: usada como antiácido.
O guaco: para gripes e resfriados.
A macela: usada como anti-inflamatório
O maracujá: como calmante, ansiedade e insônia.
O quebra-Pedra: usado para cálculo renal.
A melissa: como calmante e cólica abdominais.
O funcho; Para má digestão.
O própolis: usado para dor de garganta.
A sete sangria: para o colesterol.
A transagem: para infecção de via áreas.
A urtiga para combater o ácido úrico.
A calêndula: alergia, amigdalite, fungos.

Antônio Jesus de Andrade
Escritor