Fazer uma bate e volta pelas ruas da cidade e absorver o mormaço do asfalto, se empanturrar de morangos com chantilly, seguir pelos caminhos da costa, num dia de muito vento. Aguardar um eclipse ou a passagem noturna de uma bela coruja, quebrar a cabeça para saber o que vai agradar o outro, andar descalço, ouvir as vozes que ecoam do mar, espreguiçar-se bocejar, estar a aberto a novas aventuras amorosas e tecer elogios, pescar olhares que falam por mil palavras, dobrar o canto de uma página mesmo que isso não seja o melhor a se fazer, mandar por um tempo a educação as favas, ignorar a caixa de correspondências, caminhar de braços ou de mãos dadas, andar na contramão das ideias dominantes, aspirar o ar fresco da manhã, admirar os galhos agitados pelo vento. Enfim isso é viver é o sal da Terra. É buscar por vezes o voo livre da liberdade. Pense Nisto.
O Sal da Vida
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