Nem sempre nostálgico, realista sim e demais de ácido com meu próprio ser

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Foto: Popô

Realmente não entendo como em uns tempos tão bicudos que estamos vivendo ainda consigamos enxergar e conviver com pessoas capazes de estamparem felicidade mesmo calejadas pelas agruras diárias. E encontro com pessoas admiráveis nos diversos lugares que círculo e elas esbanjam uma alegria básica. Há sempre nos seus rostos estampados um contentamento. E dos seu lábios brota um humor constante, animando-nos para os embates da vida. Vibro com eles, não há que os derrote, esses incorrigíveis otimistas, são pessoas que constroem suas vidas em cima de uma atitude positiva de coragem, vão levando a frente suas missões sem sombra de tristeza. É quase impossível que não possuam suas adversidades, mas parece que as escondem para não contaminar os outros com sua dor. E destemidamente de seus rostos se desprende uma tal alegria de viver que encoraja todos que com elas convivem. São uma dádiva em nossas vidas as quais mais complicamos do que a descomplicamos. E me rendo a essa gente do que nada do que virá interessa, é imprescindível colher o momento que passa, usufruí-lo da melhor maneira possível, sem a inquietude do amanhã. Aquilo que for, será. O futuro não se vê, como diz a clássica canção da felicidade. Há que se viver como um pássaro, aproveitando o amanhã, sem noção do próximo dia, confiando apenas no presente e tratando apenas de encarregar-se das tarefas e deleites do dia que está correndo e que tem de ser desfrutado como se depois não lhe sucedesse outro dia. E assim eles vivem bem. Bem que eu queria ser assim. Mas um dia chego lá. Eles são exemplos e vivem, vivendo e como dá.