HERMANOS O NO
As eleições na Argentina estão indefinidas. Última pesquisa aponta Milei na frente com 2 pontos.
Se este candidato ganhar haverá mudança nas relações entre o Brasil e Argentina.
Os cidadãos sentirão diretamente tal mudança pois as afirmações de Milei apontam para certa xenofobia.
Há uma incerteza quanto ao tratamento que pode ser dispensado aos milhares de brasileiros que atualmente estudam em instituições Argentinas.
Nas relações comerciais, haverá restrições aos produtos brasileiros que atualmente contam com ótimo ganho na balança comercial.
As empresas brasileiras presentes em solo argentino que, desde 2016 retomaram investimentos no ambiente de negócios do país, podem reduzir o otimismo e até ser interrompidos ou reduzirem a política de expansão que atualmente ocorre mesmo diante da crise econômica que aquele país atravessa.
Por mais que Milei afirme que não manterá mais relação comercial com a China, o Brasil é o segundo alvo da fúria do pensamento ultradireitista do candidato que desponta como favorito naquelas eleições.
As manifestações das relações exteriores brasileiras, que sempre foram comedidas, não escondem certa preocupação com a possível mudança nos rumos políticos na Argentina e, já se comenta uma relação pragmática a ser implementada pelo Itamaraty.
O resultado pode ser um entrave político nas relações com profundo prejuízo comerciais que hoje são favoráveis ao Brasil.
Resta aguardar o comportamento do eleitor argentino. O eleitor é soberano e sua decisão deve ser acolhida. Mas de escolhas há consequências.
São Borja será um dos primeiros municípios a sentir a mudança das relações. Por exemplo. Atualmente conta com investimentos de empresas que contam com a manutenção e incremento comercial entre Brasil/Argentina.
Acaso haja modificação na condução política do governo da Nação amiga esta adjetivação não será mais adequada pois virá um recrudescimento das relações que se farão sentir nas fronteiras.
Uma obra que se desenvolve nos limites físicos do território municipal e que é uma das maiores em termos de investimento e de ganho nas relações comerciais com reflexos benéficos para a comunidade são-borjense pode vir a se tornar um “elefante branco”.
Acaso vença a proposta ultradireitista de Milei e ocorra restrição de importações, dificuldades de circulação de moeda para o exterior, insegurança e imprevisibilidade com certeza, a crise pode se agravar com o isolamento que está se propondo.
Por sua vez, havendo vitória do candidato da situação, pouco se notará a nível das relações entre os países, exceto o aumento das relações comerciais que potencializarão ainda mais os ganhos das empresas brasileiras que exportam e atuam na Argentina.
Os olhos comerciais brasileiros estão voltados ao pleito argentino, na expectativa de não haver uma mudança que será profundamente prejudicial nas relações entre os países e seus concidadãos.