Chuva, Paradoxo e Eu

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Chove torrencialmente no momento em que componho esta coluna para hoje em que caiu a internet e interrompeu a música que me inspirou para escrever, até nisso me acho exigente ela suaviza e agiliza a nostalgia dos meus pensamentos que são acelerados comum em um ser bipolar. Mas eu não gosto de rótulos pois sou o que sou nada além do que me imagino ser. Decô colunista consequência do meu caminhar mas de carne e osso como todo mundo que pode às vezes até apreciar a vida de outros ângulos, mas abastecido de um combustível de amor, bondade, compaixão e orgulhoso de estar cumprindo o meu estágio de vida dentro das previsões que me fazem bem e a mim destinadas ou consequências do que quero.

Queremos vida mesmo que como uma montanha russa e com um inesperado desprendimento de pessoas que insistem plasmar na tela do computador como gratas lembranças de um passado não tão distante. E na verdade falando no “eu” quero continuar com meu hábito de ler, nas entrelinhas da sensibilidade, ao que a realidade retrata em tudo e todos que me rodeiam. E aos poucos me desprendendo, desatando nós, soltando amarras e aprimorando meu interior que tudo nessa vida é um desapego por dentro e por fora. Mas dói na pele e doía na alma. Virtudes de seres raros.