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A Ponta ou o Todo. Nós como um Iceberg

Simbolicamente, somos todos como pontas de icebergs porque somente reconhecemos o que é evidente e que podemos perceber sobre nós mesmos.

Enquanto isto, não vemos o que está oculto, o que ainda não foi descoberto, ou seja, aquilo que está lá embaixo.

E, como consequência, andamos pela vida inconscientes de que existem tantas coisas para serem encontradas e reveladas sobre nós mesmos, mas que ainda estão submersas, escondidas, veladas.

E entre tantas possibilidades desconhecidas, muitos curiosos e determinados exploradores já nos mostraram que existem incríveis tesouros existenciais, poderosos talentos e magníficos potenciais esperando para serem encontrados e, uma vez descobertos, eles têm a doce e natural capacidade de remodelar, reorientar e reconstruir nossas sendas individuais.

No entanto, para fazer isso, muitas vezes é preciso ser um pouco arrojado e buscar o caminho menos percorrido, ou dobrar nalguma esquina que ninguém ousa dobrar, ou desafiadoramente cruzar algumas incoerentes luzes vermelhas e, acima de tudo, mergulhar com bravura e desembaraço no abismo de nossos medos, de nossas fraquezas e de nossas incertezas com a intenção de enfrentar nossos temporários e sorrateiros demônios internos.

E, frequentemente, quando mergulharmos nessa parte desconhecida, invisível e negligenciada de nossos icebergs, inevitavelmente nos desvencilhamos dos convencionais e limitantes arredores que têm obstruído a clara visão de nossa totalidade.

Além disso, quando regressamos do mais profundo de nossas viagens anímicas, é importante saber que tal passeio geralmente cria um imenso tsunami em nossas existências, o qual leva à uma interna metamorfose cujos efeitos dominós afetarão de uma forma intensa e benéfica os nossos quotidianos, assim como todos os córregos, os rios, os riachos e as trilhas onde passarmos na nova viagem pessoal.

Ou seja, para manifestar todos os nossos potenciais, devemos evitar viver superficialmente, devemos escapar de uma frívola existência vivida apenas na mesquinha ponta o iceberg e, por outro lado, ousar explorar o não descoberto, atrever-se a peregrinar por terrenos não mapeados e aventurar-se num fantástico mergulho à busca dos tesouros mais nobres, enriquecedores e inspiradores que são intrínsecos à nossa própria natureza e que nos esperam na parte oculta de nossos icerbergs.

Em outras palavras, somos todos Icerbergs, mas ter a ousadia de conhecê-lo plenamente e trazer à tona toda à sua fortuna, é uma escolha pessoal.

 

PS: Para citar este Pensamento:

Cargnin dos Santos, Tadany. A Ponta ou o Todo. Nós como um Iceberg.
Redação
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Revista Digital de todos os acontecimentos do círculo social e público da cidade de São Borja e Região.
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