Três perguntas

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Foto: Arquivo pessoal

Advogado de Formação, cursando a MB em gestão empresarial pela FGV, Maicon Marchezan, desponta com um jovem estudioso, bonito e elegante com evidente condição de galgar importantes postos na vida pública. Atua na Assembleia Legislativa na atualidade coordenando a relação do mandato do deputado estadual Mateus Wesp, com várias instituições. Aliás com muita competência e brilho.

O que é ser jovem no Brasil?

É um desafio. Penso que o país não tem oferecido boas perspectivas de futuro para os jovens. O problema começa na educação básica, que acaba formando profissionais que muitas são vezes analfabetos funcionais, despreparados para uma economia globalizada e competitiva. O índice de jovens que nem estudam, nem trabalham, os chamados “nem-nem”, tem aumentado. Muitos que têm condições acabam indo embora, tornando o Brasil um exportador de cérebros.

Você, a política e o futuro?

Um jovem que vive nesse ambiente desafiador da faixa dos 30 anos, que tem na política uma paixão que começou na infância, pois sempre foi assunto presente no ambiente familiar. É uma grande arma para fazer o bem e um grande gesto de caridade, mas temos que ter fúria de leão para combater as maçãs estragadas que, muitas vezes, acabam comprometendo todo o cesto. Também tem que ter responsabilidade e honestidade intelectual, não cair na demagogia e no populismo, dois maus muito presentes na política brasileira nos últimos 20 anos, o que acaba cansando e decepcionando. Na minha atividade atual, percebo na prática o quanto precisamos de reformas profundas na estrutura pública, que só acontecerão com amadurecimento cultural da sociedade. Quanto ao futuro, tudo é possibilidade. Já tive oportunidade de concorrer, mas até hoje não efetivei a ideia.

Como é fazer análise jurídica de Pro jetos de lei?

Como o nome sugere, o projeto é uma ideia inicial que é proposta ao parlamento para discussão e deliberação. A análise jurídica preliminar acontece na Comissão de Constituição e Justiça, onde um deputado é escolhido relator, para emitir um parecer, que versa sobre os requisitos formais do projeto: ele não pode ferir as determinações da Constituições Federal e Estadual e nem ferir dispositivos da legislação já estabelecida. Após o projeto segue para as comissões de mérito, onde acontece o mesmo rito, até chegar à votação final pelo Plenário. O papel da assessoria é subsidiar os parlamentares desde a elaboração do texto do projeto, até que seja votado no Plenário.