Três perguntas…

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Foto: Arquivo pessoal

O Neurocirurgião André Bacelos, não perde o trem da história na busca permanente de novos conhecimentos ampliando seu leque de atuação. Agora tem mergulhado nas questões que envolvem a polis sonografia como a questão do ronco e outros métodos para a melhoria de ações cognitivas do cérebro.

Deco – O ronco tem jeito?

André – Sim. E a pessoa tem que entender que o ronco é uma alteração que está relacionado ao estreitamento das vias aéreas durante o sono, provocando, em grave escala, inclusive paradas respiratórias (apneia) e consequências a saúde.

Deco – Qual a novidade para isso?

André – Novas tecnologias para o diagnóstico e novas formas de tratamento. O exame eleito é a Polis sonografia que consiste em uma titulação de vários parâmetros importantíssimos durante o sono do paciente que orienta o grau de comprometimento e indicam o tratamento. Este é variável podendo ser desde próteses, até o uso de CPAP que fornece um fluxo de ar, com pressão variável, desobstruindo as vias aéreas e cessando o ronco, melhorando a qualidade de vida.

Deco – A neurologia e o pós Covid?

André – A pandemia da doença provocou impacto global sem precedentes inclusive nas moléstias neurológicas. As alterações cognitivas (memória, concentração) distúrbios do sono, olfato, cefaleia, afetando todos os níveis, inclusive com quadros graves de encefalites e doenças vasculares graves. Os estudos recentes apontam cerca de 30 a 40% das pessoas infectadas, com síndromes neurológicas pós COVID, resultando melhoras na maioria, mas alguma parcela com sequelas. Essencial o acompanhamento especializado destas síndromes.