PROFESSORAS

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Acho que a primeira professora que tive foi a Irmã Júlia, no Jardim da Infância no Colégio das Irmãs, em São Borja, 1966.

Ela vestia-se com aquele hábito das freiras e eu adorava o teatro de fantoches dela. Nós todos.

Depois fui pro Grupo Escolar Getúlio Vargas, perto de casa, onde havia um consultório dentário com o Doutor Maximiano.

Minha professora, a Dona Maria Aquino, me ensinou a ler com a Cartilha do Guri, com o Olavo, a Élida, o vovô e a vovó.

Logo fui pro segundo ano primário, e minha professora, Dona Isabel Barbosa, falou, tipo metade do ano, que iria nos tomar a tabuada, as quatro operações.
Falei pra minha mãe nem comprar a tabuada pois a professora iria me tomar, creiam!
Não havia tevê nem videogame. Só gibis, comprados na Livraria A Preferida, do Seu Luiz Carlos Lopes.
Havia os álbuns de figurinhas de futebol e conhecimentos gerais.
Depois do Exame de Admissão entramos no Ginásio, no Colégio Estadual de São Borja, o CESB*.
No Ginásio havia um professor pra cada matéria, um negócio maravilhoso!
Minha professora de música, a Professora Consuelo, me ensinou a gostar de música clássica e a Professora Ocirema Dornelles Daronch me deu as primeiras noções de inglês com o livro A New Approach To English, se não me engano!

O Erasto, Professor de Educação Física, era muito amigo nosso e do Diretor, o Professor Nilo.

Onde ficamos? Pra onde fomos? Onde estão esses tempos inesquecíveis, amigos e amigas?
Crescemos, amadurecemos e nunca mais reencontraremos essa gente toda que nos fez gente, não é?

Mas acho que reencontraremos, sim, nas gavetas empoeiradas do nosso coração, que nem eu, certamente.