Há um ruído interno que grita de nossas almas
É como um trovão que ensurdece nossos ouvidos
É um estrépito que paralisa o ritmo existencial
E esse barulho
É um choro interior porque não estamos no caminho correto
É como se as sirenes anímicas tentassem nos alertar sobre nossas atitudes e nossos comportamentos
Para deixar de sermos desagradáveis uns com os outros
E termos a coragem de ir atrás da missão de nossas vidas
Para interrompermos as escravizadoras as estruturas da sociedade
E termos lucidez para fazer o que é edificante e nobre
Para desativarmos as tomadas da corrupção, da violência e dos abusos
E termos a inteligência de viver uma vida sustentável e holística
Para acabarmos com os medíocres sentimentos de ciúmes, de arrogância e de segregações
E termos a sabedoria de buscar o conhecimento de si mesmo, em primeiro lugar
Para eliminarmos os sistemas que mantém a maioria das pessoas numa miserável existência
E termos sapiência para reproduzir a beleza onipresente e abundante da natureza
Para acabarmos com os programas educacionais que mantêm as pessoas robotizadas, submissas e agressivas
E termos a generosidade de estender uma mão aberta para aqueles que realmente precisam
Para desistirmos de viver um estilo de vida egoísta, narcisista e comodista
E termos a ousadia de deixar de ser somente consumidor e passar a ser um contribuidor
Para abandonarmos o comportamento sem imaginação de fofocas e maledicências sobre a vida alheia
E termos o amor de aceitar a vida como o maior desafio de todos os tempos e mergulhar totalmente nela
Ouça…
Pare e ouça…
Simplesmente ouça…
Porque enquanto estas transformações não acontecerem
Nossas vidas continuarão sendo uma trama dolorosa, desanimada e temível
Mas felizmente, nossas almas, que são as guardiãs de nossa divindade
Continuarão berrando continuamente para que nossos egos
Presos em suas pobres individualidades
Desvencilhem-se de suas pequenices
E deixam expandir a magia da plenitude
Que é uma vida humana.
Você está ouvindo?
PS: Para citar este Pensamento:
Cargnin dos Santos, Tadany. Ouça! É um barulho quase insuportável.
