Paulo Odorico, esse é o meu nome, sério! Paulo do avô materno, Odorico avô paterno. Poderia ser Odorico Paulo naqueles tempos de homenagear os outros nos pobres incautos recém-nascidos que nem eu. Mas sempre gostei do Paulo Odorico, serve pra eu saber que, quando alguém me chama assim só pode ser de São Borja!
Na Zero Hora, anos atrás, um amigo de lá procurava o Paulo Odorico na portaria e ninguém sabia quem era, por sorte eu passava na hora e salvei meu conterrâneo, senão estariam até hoje procurando o Odorico que era e é Paulo Motta, acreditem.
Comum quando alguém me descobre Odorico já emenda: Paraguaçú! Sinal de que a novelinha* do finado Roberto Marinho se eternizou.
Alguns nomes são perigosos ou, pelo menos, não recomendáveis nos tempos de hoje, quando a malícia rola solta e a ingenuidade é coisa do passado, infelizmente.
Em Caxias conheci um cidadão dono de uma birosca que eu frequentava – que horror! – de nome Corálio, mais conhecido como Pato Vesgo ou, simplesmente Pato.
Imaginem ir na casa do Corálio, hein? Ou dizer que isto aqui é do Corálio. Aquele menino é filho do Corálio, aliás, todos somos filhos de algum corálio, pensando bem.
Meu colega Sérgio Prato, lá de Gravataí, chama-se Sérgio Lamb Prato, coincidentemente. Mas daí são somente coincidências, o que não é o caso do Corálio. Do Corálio!
Ou o caminhoneiro Antonio Passos Dias Aguiar, que guiava por dias e noites a fio, e o ministro não-sei-do-que Antonio Patriota, que nunca poderemos dizer que não tivemos um patriota no governo.
Mas toda essa conversa foi para desejar-lhes um ótimo almoço e um espetacular sábado, garotada, que a ressaca lhes seja leve e uma água mineral com limão seja a tônica do momento!
Beijinhos e abracinhos, mais tarde retorno.
*O Bem-Amado, novela da década de 70, que o personagem principal era o prefeito Odorico Paraguaçú, interpretado pelo genial Paulo Gracindo.