CARNAVAL

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Há pouco fui ao meu jardim, na certeza que devo chorar, pois bem sei que não queres voltar para mim.

Queixo-me à aleivosias, aos brotos de frívolas que ornamentam o canteiro quase tomado por escrotos que, daninhos e insinuantes, entre as espúrias que sufocam as sirigaitas sorridentes, encantadas por um escroto, nunca vi!

Nem vou falar nos pés de lambisgóias, com esmalte escarlate e francesinhas, uau!
Mas vou entrar em retiro no carnaval, em orações, juro pra vocês! Orações subordinadas substantivas adjetivas e com ênclise na garrafa de libertina, sobre a mesóclise, servida por sacripantas embriagados, ao som de ladinos que dedilham clitóris venusianos, sucintos.

Ah, como gostaria de ter aprendido a tocar clitóris, esses pequenos órgãos que glorificam quem os conhece.

Há quem diga que o segredo está na ponta da língua, mas quem sabe?

Meu carnaval será assim, pequenos filhotes de Momo, desajustados e alheios à realidade que mata milhares de filhotes de escalopinho e arvores ornamentais hamburguesas; divirtam-se enquanto o mundo se corrompe, seus burgueses irresponsáveis!

Estou tentando achar uma Rainha Moma, mas não tem, né?
E ninguém reclama disso, tenham dó! Ré, mi, sol e por aí vai.
Voltarem 70mg, pequenos capetas!