O Todo da Vida

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Quando conseguirmos observar que todo o início

Tem o anseio de ensinar sobre o fim

E que, analogamente, todo o macro

Almeja ser aprendido por meio do micro

Assim como toda a ausência serve para validar a presença

E a solidão serve para apreciar as companhias

E os obstáculos servem para revelar nossas forças

E as mazelas servem para manifestar a solidariedade

E os desentendimentos servem para revelar a necessidade do amor

E as dúvidas servem para remover nossas ignorâncias

Quando conseguirmos observar com clareza estes presentes

Entenderemos a nobreza universal

Da majestosa e augusta manifestação que nos foi brindada

Através do corpo, da mente, dos sentidos e do universo

E, quando isto estiver impregnado em nossas cognições e corações,

Todas as bênçãos que clamamos em nossas orações

Deixarão de serem constantes e mendicantes súplicas

Para ser tornarem quotidianas manifestações.

 

Como citar este poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. O Todo da Vida