Magno cum gaudio*

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Dê-me um cético, mas intelectualmente íntegro ser humano
Que eu compartilharei com ele a verdade
Pois sua honestidade abre as portas para resolver seus desenganos

Dê-me um crente, mas irracional ser humano
Que eu o abençoarei com a esperança de outra vida
Pois sua cegueira o impede de passar do que é religiosamente mundano

Ao íntegro, a possibilidade do entendimento
Ao irracional, uma nefasta peregrinação de tormentos

Àquele, a oportunidade de entender sua irrevogável plenitude
À este, a irremediável aceitação de um infindo ciclo de torpitude

Ao primeiro, a luz que conduz à liberdade
Ao último, indecorosas e maculadas nuvens que perpetuam sua impropriedade

Na realidade, nem cético, nem crente
Dê-me uma mente curiosa, com um coração ardente. (Tadany – 28 04 10)

*Latin: Com Grande Alegria