HOMEM

518

Hoje é o Dia do Homem, quão oportuno, num sábado!

O porquê dia 15 de julho é um mistério, pelo menos pra mim. Talvez tenha sido a data em que o Arquiduque Malaguro, esposo de Laiva, A Lainha Laivosa, tenha jogado o avental no chão da cozinha e gritado: “Basta!”, e Laiva tenha enchido ele de cascudos e mandado pro porão, de onde saiu três dias depois, libertado por Drome e Dário, os gêmeos tocadores de surdo, com seu exército de surdos tomando o castelo para a emblemática libertação de Malaguro, mas acho que é só coisa da minha cabeça, enfim.

Mas não vi nenhuma ONG conclamando os homens para uma manifestação pacífica no Monumento ao Expedicionário ou na frente do estádio do Força & Luz, e nem as floriculturas reforçaram seus estoques, pois se vocês, mulheres, não sabem, homem gosta de ganhar flores, surpreendam-se belas damas e surpreendam seus homens!

Ah, mas homem é macho e macho não tem frescura, paga as contas, corre atrás da grana trabalhando feito um doido, faz aquele churrasco no domingo com a patroa, as crianças e a sogra, que veio no pacote, e depois ainda lava o carro escutando futebol e sono, cama, dormir que amanhã seis da manhã, larga a patroa no serviço, a gurizada na escola e vamu lá, que tem um chefe novo que é chato.

Mas é isso. Parabéns aos barbados, feliz Dia do Homem, hoje o churrasco é por minha conta. Me conta se der conta, se não, desconta!