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Coronavírus: decreto estadual adia a retomada de atividades de setores produtivos em São Borja

A vigência, nesta quarta-feira (01/04), de um decreto do governador Eduardo Leite, disciplinando as ações relativas à prevenção ao Coronavírus em todo o Rio Grande do Sul, acaba tendo repercussões práticas em São Borja. A principal delas é o adiamento, pelo menos até 15 de abril, da retomada prevista de atividades, especialmente ligadas ao comércio, indústria e prestação de serviços, segundo confirma o prefeito Eduardo Bonotto. O decreto do governador, restringindo a aglomeração de pessoas, tem abrangência em todo o território gaúcho e precisa ser respeitado por todos os municípios.

Na quarta-feira boa parte das lojas na cidade chegou a abrir, segundo definição do chamado Comitê de Crise em São Borja. O colegiado é formado por representantes da Prefeitura, Câmara de Vereados, Hospital Ivan Goulart, Ministério Público, unidades do Exército, órgãos da área de segurança e entidades do empresariado. O mesmo grupo de trabalho volta a discutir a situação e a trocar informações sobre pontos que ainda geram dúvidas no decreto.

O decreto do governador Eduardo Leite permite o funcionamento até o dia 15 de setores de prestação de serviços considerados essenciais, como das áreas de saúde, abastecimento, água, gás, segurança pública e ainda fornecimento de serviços como energia elétrica e de telecomunicações. Nos setores em que as atividades são autorizadas, o decreto estabelece que a entrega dos insumos ou serviços tem de ocorrer através de tele entrega, para evitar aglomerações.

Reabertura

O prefeito reafirma que, em primeiro lugar, está a preservação da saúde da população. No entanto, também existe a retomada de atividades paralisadas. O temor é quanto ao aumento do desemprego e da menor chance de geração de renda. O chefe do Executivo municipal lembra que consequências desse tipo têm efeito cascata, atingindo empresas, empregos e a capacidade de consumo das famílias, com evidentes prejuízos sociais.

O prefeito diz que o decreto estadual e suas restrições são adequados à situação enfrentada, mas são medidas impactantes. Como presidente da Associação dos Municípios da Fronteira Oeste (Amfro), Eduardo Bonotto havia sugerido ao governador Eduardo Leite que as diversas regiões do Estado devem ser geridas na crise atual segundo as suas especificidades. Ele entende que as peculiaridades de cada município precisam ser avaliadas separadamente. Como, entretanto, o decreto é para todo o Rio Grande do Sul, São Borja vai coloca-lo em prática.

Redação
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