Às margens do oceano da plenitude

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Enfim, nas margens do oceano da plenitude

Sinto-me grato pela edificante e vigorosa caminhada

 

Ondas de amor quebram na areia e tocam a planta dos pés

Ventos de liberdade estimulam o corpo e fazem os cabelos dançarem

 

No horizonte, o cruzeiro do sul, eterno guia

Brilha resplandecente, imantado por sua própria luz

 

No todo, moléculas de fortaleza, amor e compaixão

Abrem portais que esta humilde alma desconhecia

 

Então, tímida, mas impetuosa por natural curiosidade

A alma abandona sua vivificante, mas aprisionante relação física

Não sem antes abraçar afavelmente a frágil estrutura que a transportou pela senda

 

Depois parte, e num enlace respeitoso e desprovido de medo

Funde-se com o desconhecido universo de sua inteireza

Onde a eternidade de sua essência

Diz adeus à sua última terrenal existência

Para que o oceano e a sua nova gota, celebrem mais uma natural confluência.

 

PS: Para citar este pleno poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Às margens do oceano da plenitude.