Ahhh! O Coração.

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Ahhh! O Coração.

 

O coração humano não é para ser mudado,

Não é para ser adulterado

Não é para ser transformado

Pois, em essência, ele é naturalmente amoroso

Ele é amplamente hospitaleiro

Ele é abundantemente tolerante

E ele é genuinamente carinhoso e doce.

 

No entanto, devido a distorcidos, e frequentemente desumanos, valores e comportamentos repetidamente impostos na infância ou na adolescência de um indivíduo, o coração de muitas pessoas parece ser tão distinto e tão distante de suas raízes que é inevitável concluir que o mesmo precisa ser limpo, ser polido e ser humanizado.

 

Ou seja, precisa ser despoluído de todas as besteiras, de todas as asneiras e de todas as deformações psicoemocionais erroneamente adquiridas.

 

Além disso, é também crucial entender que apesar do coração ser sublime, divino e formoso, sua receptiva e maleável natureza é passível de qualquer tipo de influência, mesmo daquelas que contrariam sua própria essência e que podem levá-lo à uma possível falência existencial.

 

Mas, por outro lado, por ser adaptável e dotado de uma potência que tende a direcioná-lo ao seu centro fundamental, mesmo os corações aparentemente arruinados, distorcidos e desenganados possuem o poder de realizar uma jornada de volta ao mais íntimo de seu sentido existencial que é amar, amar e amar.

 

Simplesmente amar, pois esta é sua razão de existir. 

 

PS: Para citar este texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Ahh o Coração.