A rua onde moro me leva a lembranças da infância, da adolescência, as faces que povoaram minhas brincadeiras, eu de calças curtas e pés no chão e muitas algazarras. São tantas recordações. O coração da gente em épocas doloridas, como agora, fica crivado de saudade. E foi aí também que vi o outro lado do mundo e seus conflitos.
O Poeta diria: Eu daria tudo que tivesse para reviver aqueles momentos. Mas o passado não volta mais, o futuro teima em impor medos, e o presente quase sempre é um sobressalto. Mas, a velha, renovada rua de terra vermelha onde se parava bois, nos mostra agora coisas incertas, cheias de incertezas e desenganos suavizados pela esperança de que ainda poderemos ser felizes, mesmo que convivamos com conflitos da maturidade, sem deixar de admirar a beleza de nossa rua na paisagem urbana.
Mas deixando de lado o medo, pelo menos tentemos lutar pela sobrevivência, transformando nosso cotidiano em um tempo poético de aventuras capazes de amenizar o cenário gris que vivemos. Um dia haverá de passar, sempre existe o ultimo fio de esperança.