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Quero falar comigo mesmo. Por favor um instante maestro. Eu vou, mas volto.

Saio sem rumo com a pretensão de tomar um cafezinho, sem lugar marcado para que possa nesse intervalo conversar intimamente comigo mesmo, apesar de entender que sendo talhado ao domínio público preciso trocar ideias com meu próprio ser sem interrupções, mas a tentativa não correspondeu a expectativa, pois na realidade estava mesmo apenas adiantando o momento de escrever esta crônica que até quando não sei. O que sempre me assusta, o leitor sempre estará de olho no que vem para a sua leitura. Resolvo então começar dizendo que não somos prazer de ninguém e precisamos sim com convicção, avançar para a próxima etapa da existência com o coração repleto de alegria apresentando os sinais de uma missão bem cumprida, que é uma vida, digna e justa, tudo será mais fácil. A dignidade e a justiça certamente nos permitem a clareza de que se cumpriu um ciclo, mas não se interrompeu uma grande obra. O que certifica nossa existência são os frutos, e quem não produz frutos deixa claro sua inutilidade. Por, isso precisamos nos tornar dignos de sermos amados, para usar a força desse amor e construir a nova jornada, pois esta é a única bagagem que levamos e o único reforço que podemos continuar recebendo. Demos conta de nascer e daremos conta de morrer. Pronto, consegui falar comigo mesmo. Voltei depois de navegar em pensamentos.

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