Como um ser incompleto, confesso que tento me revirar do avesso, apostando na grande esperança na mudança do homem em todos os sentidos existenciais. Na condução da vida, no olhar piedoso ao sentir seus pensamentos, na concepção de ver o outro como uma luz espiritual e não material e suas mazelas impregnadas na alma pela ignorância. E me questiono ao pensar que mesmo com o sofrimento gerado pela pandemia não ocorrerá o necessário para essa transformação. Pois a arrogância, a maledicência a prepotência e a mácula da superioridade continuam a imperar. Deveríamos sim, caminhar juntos com a tolerância, a igualdade, a amizade e o amor. Seria uma purificação a nos credenciar a vivermos mais felizes. Que bom, fazer escolhas do bem sustentável e leve argumentando que dentro de todos nós existe uma poesia escondida merecendo vir à tona. Afinal o amor é a maior experiência fundamental de ligação dos seres humanos, extirpando atitudes e pensamentos desiguais que deveríamos aprender a compreender. Mas é verdade que precisamos nos curvar ao que o Planeta nos apresenta e sejamos mansos, complacentes com a dor e resilientes ao sofrimento. No mais frio da razão, precisamos de paixões, ou seja, de amor, nem que seja fragmentado para o bem de todos.
Entre quadriláteros e mosaicos esquecidos em nossa memória, exercitemos o sentido do amor, aquecendo corações no lirismo poético de um novo amanhã.