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Avalanches do amor

Escalar acima dos picos mais altos

Rastejar abaixo dos mais lamacentos poços

Abrir o peito para arrancar a alma, de sobressalto

Desquitar-se do raciocínio, um desbaratado alvoroço

Sentir na carne a dor da ausência, um físico assalto

Estar cego de sua indelevel dependência, um subordinado troço

Avalanches do amor, quando nos escraviza, nos tem envolto

Calafrios ardentes, arrebatos metafísicos, ímpetos inconsultos

Esquecimento de si mesmo, à deriva no oceano, perdido, mas esbelto

Amor. Amor. Amor. De tuas imperiosas sentenças, desnecessito qualquer indulto.

Redação
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Revista Digital de todos os acontecimentos do círculo social e público da cidade de São Borja e Região.
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