Há três anos, depois de 24 anos, escrevendo o contra ponto, na Folha de São Borja, dei um tempo para a minha missão de escriba.
Confesso que não foi fácil afinal, depois de tanto tempo, de alguma forma, conquistei um minguado grupo de fieis leitores, que todas as vezes que com eles me encontro, reclamam, pedindo minha volta.
Ainda não aderi a esse moderno meio de comunicação eletrônico, mas vejam só, é por esse meio que estou voltando, e mais uma vez o Déco passa por meu caminho.
Na primeira vez, foi graças do seu convite e da Renata Andres que assumi o Contra Ponto.Hoje estou atendendo a um convite dele, para no mínimo escrever uma crônica por mês, no seu prestigiado site.
Aproveito, em algumas palavras, para justificar minha parada em escrever o Contra Ponto que nunca havia falado publicamente.
Tudo se resumiu no fato de que já algum tempo, me tornado ministro não ordenado da Igreja Católica e esta missão no meu caso me consome algum tempo.
Vivemos cada vez mais no mundo, onde cresce a violência, num mundo que ainda se pratica, cada vez mais, uma Lei da antiguidade, a Lei do olho por olho, do dente por dente.
Nesse mundo competitivo, em que se estabeleceu a primazia do sucesso material e do conforto, onde as palavras, doar, partillhar, servir, ecoam como algo distante, de outro mundo, até beirando a comicidade, onde os que assim agem são vistos como “como diferentes”, posso afirmar com toda a tranquilidade, como é bom louvar certo conforto dos menos favorecidos e como me sinto bem-vindo, nas comunidades onde atuo a há oito anos.
Mas em ordem de preferência, o ministério da Igreja, a medicina, o magistério e a escrita são meus “opios”.
O Déco está me oferecendo a oportunidade de voltar aos últimos.
Então estou voltando, para um público algo diferente para mim, que a partir de agora, conto com ele, para com ele partilhar o que escrevo. Até…
ANTONIO Jesus de Andrade.