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Sindicato Rural realizou ações de valorização da Pecuária nos últimos anos

O Sindicato Rural de São Borja continua desenvolvendo ações para colaborar com o desenvolvimento da pecuária na região. Nos últimos anos foram realizadas atividades que potencializaram as comercializações, principalmente através da Fenaoeste.

A feira conta hoje com a participação de todas as cabanhas do município, colocando à disposição altíssima qualidade genética e oportunizando que todos os criadores participem do evento. Os números continuam crescendo a cada edição.

Segundo o presidente do Sindicato Rural, Viriato João Jung Vargas, o formato da Fenaoeste possibilitou uma ampliação de interesse nesse setor: “Agora as pessoas vem até o parque para conhecer a feira, acompanhar as atrações e consequentemente participar dos remates. A união desses fatores possibilitou um crescimento incrível nas últimas edições”.

Além dos números de comercializações que são positivos, o sucesso dos remates na Fenaoeste também se deve ao público. Cada vez mais pecuaristas da região vem até São Borja para participar do evento e realizar negócios: “Os remates acabam sendo responsáveis também pelo aumento do movimento no parque. Afinal, a maioria das pessoas que realiza negócios participa do evento, movimentando outros setores”, afirma o presidente do Sindicato Rural.

Feira do terneiro

Em contramão ao que vinha acontecendo na Fenaoeste, a Feira do Terneiro estava enfrentando uma diminuição muito grande nas comercializações e no número de animais que eram ofertados a cada edição do evento. Tentando entender o que estava acontecendo, o presidente do Sindicato Rural, Viriato João Jung Vargas, começou a entrar em contato com criadores da região.

Após conversas, foi constatado que os valores de comissões cobrados pelos escritórios de remates era um dos fatores que estava afastando os interessados da Feira do Terneiro. De acordo com Vargas, hoje, o valor pago por uma comissão se assemelha muito ao juro de um ano nas instituições bancárias: “Mas só gostaria de explicar que isso não é uma crítica. Acredito que o preço cobrado é justo, mas ainda assim pesado aos criadores”, argumenta Vargas.

Então, se criou um modelo bancado pelo Sindicato Rural, que acabou se transformando em sucesso. A Feira do Terneiro se tornou a primeira desse segmento no Rio Grande do Sul a realizar um evento com juro de 2%: “Esse valor é o mesmo pago pelos produtores, dentro das propriedades. A diferença é que os criadores tem a oportunidade de oferecer seus animais dentro do Parque de Exposições, com uma estrutura de remate e oportunizando a possível disputa dos compradores”, explica Vargas.

O modelo criado para a Feira do Terneiro de São Borja está sendo copiado por vários Sindicatos Rurais do estado.

Abigeato

Nos últimos anos o Sindicato Rural de São Borja se envolveu diretamente nas questões relacionadas ao abigeato. Atendendo principalmente a solicitações de associados, reuniões foram realizadas e o debate sobre a situação foi ampliado no município.

Uma das alternativas implementadas foi o apoio as instituições de segurança. Além de apoiar financeiramente a Brigada Militar, o Sindicato Rural também realiza o pagamento de um estagiário para a Polícia Civil, possibilitando que pelo menos um agente seja liberado dos serviços administrativos, para estar nas ruas.

Porém, o presidente do Sindicato Rural, Viriato João Jung Vargas, destaca que o abigeato é um crime difícil de ser combatido devido à falta de efetivo das policias na cidade. Algumas ações, como a criação da delegacia em Rosário do Sul, que combate especificamente esse crime, está sendo fator importante na luta contra o abigeato. Essa equipe já realizou pelo menos duas operações na cidade.

“Esse problema não é de hoje e se tornou realidade em São Borja a partir da paralisação das atividades dos fuzileiros navais no município. Quando os fuzileiros navais desempenhavam ações na cidade, não existia abigeato. Dez dias após a delegacia ser fechada, o crime começou”, conta Vargas.

Sempre que solicitado, em nome dos produtores, o Sindicato Rural realizou doações aos órgãos de segurança do município. Já foram repassados rádios, tablets, telefones celulares, pneus para viaturas, entre outros artigos.

“O trabalho está sendo feito e a cobrança também. Sabemos que o trabalho da polícia é louvável, mas nossas leis são muito fracas. O bandido não fica preso. Hoje o crime está compensando”, diz Vargas.

Redação
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