Fui visitar um amigo que morava no interior do Rio Grande do Sul, na parte mais meridional do Brasil. Ele continuava alegre, sociável e tranqüilo como eu o havia conhecido. No entanto, a família inteira estava numa agitação sem fim e não paravam de conversar sobre um tio que, aos 50 anos de idade, havia se separado da esposa, mudado o estilo de se vestir para um “look moderno”, alterado seu comportamento para algo mais jovial, descontraído e, segundo comentavam, um pouco imaturo.
Além disso, disseram que ele estava saindo, assim como sustentando, um grupo de jovens que pulavam de bar em bar nos finais de semana e, ainda mais inaceitável para os parentes, o Tio estava saindo com uma menina que tinha a idade da filha dele. Então, no meio de todo aquele alvoroço, o patriarca da família, levantou-se da cadeira que estava sentado, olhou para todos em volta, o que gerou um silêncio profundo no ambiente, e disse:
– “Algumas pessoas nos brindam com o importante ensinamento de que nunca somos tão velhos para fazermos tolices, asneiras ou cometer erros”. (Tadany – 20 12 06)