O maior pecado de uma existência humana é desperdiçar a vida adormecido, cego e incapaz de observar a vasta e exuberante magia da realidade.
Pecado, é estar letárgico ao fascinante e libertador néctar que existe entre a combinação de intuição e de racionalidade que, por um lado perceptivamente manifesta a divindade da essência individual e por outro objetivamente educa o irracional e lascivo selvagem que ainda habita nossas heranças primordiais e coletivas.
E, perdido em tal cegueira, é deveras um estonteante sacrilégio entorpecer-se com artificiais existências, com efêmeras aparências e com hipócritas sapiências enquanto existe um fantástico, revelador e harmônico mundo que se abre naturalmente frente aos olhos de cada ser humano.
Pecado, é cerrar-se para as revelações, para os ensinamentos e para a grandiosidade de cada momento ao sentir-se impotente por ignorar tantas possibilidades e tantas oportunidades que aparecem a cada novo amanhecer.
A vida meus amigos, para ser plenamente vivida, requer coragem, espontaneidade e assombro.
Coragem para abandonar séculos e séculos de limitantes e desprezíveis condicionamentos emocionais, espirituais, intelectuais e sociais.
Espontaneidade para manifestar aquilo que é essencial, imprescindível e que faz o coração extravasar de entusiasmo.
E assombro para maravilhar-se com os ciclos, os ensinamentos, as essências, as interconexões, as belezas, os desafios, as conquistas e a liberdade que suavemente acontecem para os que escolhem viver a vida, ao invés de serem vividos por ela.
Ou seja, o maior pecado da vida é não vive-la ou, pior ainda, se iludir pensando que a está vivendo.
Então, acordar de qualquer pecaminoso e ludibrioso não-viver é preciso, pois viver é sublime, expansivo e natural.
PS: Para citar este Pensamento:
Cargnin dos Santos, Tadany. O Maior dos Pecados.