Na gramática da existência, este temporário complexo de corpo-mente-sentidos é apenas um adjetivo cuja existência é totalmente dependente do substantivo uno que é o eu.
Vaidoso, frívolo e soberbo, frequentemente o adjetivo se eleva à patamares que apenas existem em sua inocente fantasia e, nestes níveis quase alterados de consciência, navega majestoso até o momento em que a realidade de sua emprestada e efêmera manifestação lhe bate à porta.
Mesmo assim, movido por seculares condicionamentos, vez que outra, saboreia-se novamente com os delírios de suas imaginárias ilusões.
No entanto, inevitavelmente, chega o momento em que o adjetivo reconhece a verdade do eu substantivo que ele anseia por qualificar e, neste dia, o adjetivo entende que, como tal, seu processo qualificador é dependente da existência do substantivo, enquanto que o substantivo existe desprovido de qualquer qualificação.
Em outras palavras o adjetivo é a diferenciação egocêntrica, superficial e limitada da existência, enquanto que a existência do substantivo é plena por si só porque o Eu Natural, o Eu Pleno e o Eu Uno é auto evidente, imortal e independente.
Na gramática da existência, entenda o papel do adjetivo, mas caminhe sempre de tal maneira que possa manifestar o substantivo essencial da vida.