Nas nostálgicas dúvidas
Que as vezes permeiam a cognição
Algumas lembranças são mágicas, outras fétidas
Umas esperança, outras desolação
Algumas foram medicina, outras feridas
Umas repetiria novamente, outras creio que não
Eram lindos os encontros, dolorosas as despedidas
Sentia-me eufórico nas ladeiras, duras eram as subidas
Algumas amei, muitas tive dúvidas
Mas todas tive no coração, inesquecíveis batidas
Algumas vezes fui inteiro, outras avarentas medidas
As vezes fui ruela, outras adoráveis avenidas
Sempre amei viver, mas tive impulsos suicidas
Em muitas Deus me acolheu, noutras o Diabo me deu guarida
Até que aprendi a andar devagar, mesmo que a vida fosse corrida
Doces lembranças do fui, que hoje carrego em mim
Pérolas de uma alma irrequieta, faíscas de um querubim
Que aprendeu a plantar flores, cuidar do seu próprio jardim
Agradecido e alegre, de braços aberto até o adorável fim. (Tadany- 26 04 14)