Depois de alguns anos afastado, é com muita alegria que reativo essa minha coluna virtual no site Deco Almeida. Sim, voltei! A última vez que escrevi por aqui foi em 2021 — parece ontem, mas já se passaram quatro anos. De lá pra cá, muita coisa mudou. Muita mesmo. E é por isso que decidi recomeçar essa jornada, essa aventura que é a minha vida. Bem-vindos ao retorno de um sagitariano nato de 37 anos, cheio de histórias, reviravoltas e, claro, aprendizados.
Em 2021, vivíamos o auge da pandemia — um caos pra mim e pra todo mundo. Foi um período sombrio, onde tudo parecia nebuloso, incerto. Acredito que isso me tirou totalmente do foco, das boas condições psicológicas que sempre tive pra escrever. Estávamos todos mergulhados em uma onda de medo, perdas e sofrimento coletivo. Escrever, naquela época, parecia algo distante, quase impossível. Como colocar em palavras o que nem a cabeça conseguia organizar direito?
Mas agora, com o tempo, tranquilo e em paz sinto que é hora de voltar. De retomar esse espaço, essa troca que tanto me faz bem.
Pra começar e situar vocês (e, sendo bem honesto, até a mim mesmo), vamos dar aquele “rewind” e voltar pra 2021, o último ano em que estive aqui compartilhando meus pensamentos, vivências e emoções.
Pra quem tá chegando agora e ainda não me conhece: meu nome é Lawrence Almeida, tenho 37 anos, sou nascido em São Borja, filho do José Carlos e da Marlene Almeida. Sou o terceiro de cinco filhos — minha mãe perdeu um bebê antes de mim, com 9 meses — e tive uma infância maravilhosa naquela São Borja cheia de sol, terra vermelha e barulho de crianças brincando na rua. Cresci cercado de amigos desde o pré, com quem estudei no Colégio Estadual de São Borja – CESB até o último ano, além de muitos primos e irmãos com idades próximas. Era uma verdadeira turma — uma infância cheia de vida, riso, e laços que carrego comigo até hoje.
Concluí o ensino médio no final de 2005, e em 2006 me mudei pra Porto Alegre aos 18 anos com o sonho (e o peso) de estudar Medicina. Comecei no Cursinho Meta e, depois, em 2007 e 2008, entrei numa rotina insana: de manhã era Unificado, à tarde Mottola — o cursinho mais “hardcore” pra quem queria medicina na época. Foi um período de imersão total nos estudos. Minha vida era resumida em: estudar, dormir, acordar e repetir. Quase uma existência em looping, sem espaço pra vida social.
Prestei vestibular em praticamente todas as federais do Rio Grande do Sul. Cheguei perto de passar na FURG, mas… matemática, né? Aquela velha inimiga de sempre — nunca foi meu forte (e confesso que ainda tenho ranço, risos). Como sempre fui das artes, sempre gostei de desenhar, criar e imaginar — o plano B surgiu com força: Design de Produto. Achei que ali poderia unir razão e criação de um jeito mais leve.
Prestei vestibular na Feevale, em Novo Hamburgo, e comecei minha graduação. Ia e voltava de van todos os dias — foi uma experiência intensa e libertadora. No ano seguinte, transferi o curso pra UniRitter, em Porto Alegre, e aí novos caminhos começaram a se desenhar…
Mas isso já é papo pro próximo capítulo.
Sim, voltamos. E tenho muito pra contar. Obrigado por estarem aqui comigo novamente — ou pela primeira vez. A vida é feita desses recomeços, né?
Até já.
Lawrence Almeida
