No momento atual, é quase nula a alternativa de ter a volta as aulas de forma 100% segura. No Brasil, pela rede estadual, apenas 5 estados, eles Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, tiveram previsão para reabertura das escolas.
O MEC publicou as diretrizes para esse retorno, que implica no uso obrigatório de máscara,
medição de temperatura, disponibilização de álcool em gel, volta ao trabalho de forma escalonada, ventilação do ambiente, possibilidade de trabalho remoto aos servidores e colaboradores em grupo de risco, reuniões e eventos à distância, distanciamento de pelo
menos 1,5 m, orientação de manter cabelo preso, e evitar usar acessórios pessoais, como
brincos, anéis e relógios, não compartilhamento de objetos, elaboração quinzenal de relatórios para monitorar e avaliar o retorno das atividades.
Mas apesar da pressão que tem surgido em torno desse tema, o município de São Borja decidiu manter sua autonomia para a decisão do retorno ou não das atividades escolares.
João Carlos Reolon, secretário de educação do município, afirma que as aulas irão retornar somente quando houver absoluta garantia de segurança. “Se não tivermos isso ao longo desse ano, não teremos aula”, ele completa. Para caso haja uma melhora significativa que resulte na reabertura antes de 2021, todas as escolas estarão munidas de equipamentos que são necessários para a segurança de aluno, professores e colaboradores. E que esses cuidados como, uso de máscara, distanciamento, uso do álcool em gel, ainda serão adotados para as aulas em 2021.
O secretário diz que as escolas têm um papel fundamental em construir uma aprendizagem sobre o momento atual para além do agora, na vida do estudante. A escola terá a função de formalizar todo o conhecimento que foi adquirido durante a vivência da pandemia do Coronavírus. Nas aulas terão que se trabalhar a pandemia sob diversos aspectos, como o social, para observar o impacto dela na sociedade, o aspecto científico, sobre as manifestações dos cientistas, e sobre a origem e surgimento desse vírus, e o impacto dele no organismo humano. E também do aspecto pedagógico, de como transformar em hábitos essas medidas de higiene que hoje são essenciais para a nossa segurança, como lavar as mãos frequentemente, a utilização do álcool em gel, para levarmos adiante essa proteção. “Após a pandemia, a vida não vai ser a mesma” conclui João Carlos Reolon.