Os custos da lavoura arrozeira foram debatidos nesta semana em Brasília, durante reunião no Ministério da Agricultura, com entidades representativas dos produtores gaúchos de arroz. Também estavam presentes ao encontro, agendado pelo deputado Luís Carlos Heinze, representantes do Ministério da Fazenda, do Banco do Brasil, Banco Central, Instituto Riograndense do Arroz e da indústria.
A Federarroz, Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul, ressaltou a importância da presença do Ministério como mediador dos diversos temas que o setor vem tratando com o objetivo de desonerar o custo de produção. O economista Antônio da Luz, da Farsul, apresentou um comparativo de custos com outros países, dando exemplo de alguns insumos que são muito mais caros no Brasil do que no exterior.
O vice-presidente da Federarroz, Alexandre Velho, colocou que a entidade está defendendo a redução da área de plantio, numa ação de ajuste de oferta. A iniciativa se deve ao eminente aumento dos estoques de passagem para a próxima temporada à medida em que todos os países que compõem o bloco do Mercosul são influenciados pelo mercado brasileiro.
Conforme a Federarroz, se o mercado brasileiro estiver demasiadamente ofertado, certamente os demais países como Paraguai, Uruguai e Argentina, e mesmo o Brasil Central, sentirão fortemente os reflexos dos estoques elevados e superoferta, ou seja, preços não remuneradores. Na questão dos custeios, falou da necessidade de uma padronização e um maior alongamento das parcelas, passando os vencimentos de junho a novembro.