Rugas

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Um dia as rugas chegam, doce e de mansinho

Cavam sulcos pela face, o fazem com carinho

São belamente simétricas, brindam um novo charminho

Depois descem do rosto, se espalham pelo colarinho

O qual é a porta de entrada para o corpo, seu inexplorado vizinho

Para onde elas seguem, livres como um desbravador caminheirinho

Espalhando-se por toda a estrutura, seu novo ninho

Felizes os que as recebem e a elas entregam seu corpinho

Pois é sinal que viveram, foram plantando um caminho

Agora visível em todas as rugas, que chegaram e ficaram, docemente e de mansinho.

 

PS: Para citar este Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Rugas.