A pandemia e as baixas temperaturas ao longo da semana – as menores do ano até aqui e que devem persistir ainda nos próximos dias – levam a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) a intensificar as suas ações em apoio às pessoas em situação mais vulnerável. Os serviços sociais, mantidos com ajudas da comunidade, são prestados em várias frentes. Entre as ações em curso estão a distribuição de agasalhos e de sopões e atendimentos reforçados em relação à Ronda Social e ao Albergue Municipal. Seguem os pedidos, principalmente de mais agasalhos e de mais alimentos não perecíveis.
O prefeito Eduardo Bonotto ressalta que a administração municipal tem feito o melhor que consegue, mas observa que “a situação é excepcional e os nossos recursos são limitados”. A secretária titular da SMDS, Luciane Bidinoto, reforça o argumento e o apelo do prefeito. “A manutenção do projeto Sopão Solidário, por exemplo, só está sendo possível graças à solidariedade comunitária, doando os insumos alimentícios necessários.
Agasalhos
A Secretaria de Desenvolvimento Social já entregou todos os agasalhos remanescentes do ano passado e, nesta semana, começou a distribuição da arrecadação de 2021. Foram recolhidas seis mil peças, entre roupas de inverno, calçados, acolchoados e cobertores. Todo o material passou por higienização e quarentena, devido à pandemia, e foi repassado aos CRAS Centros de Referência em Assistência Social).
A secretária Bidinoto diz que, além do número de peças não ser tão expressivo, há déficit de roupas infantis e masculinas, bem como de cobertores. Com isso, é renovada a solicitação para que novas doações sejam feitas. Podem ser levadas ou anunciadas diretamente na secretaria ou nos CRAS.
São cinco CRAS na cidade, com cadastro das famílias mais necessitadas e que distribuem os agasalhos. Além disso, a Equipe Itinerante da SMDS também vai ao interior do município. Nas áreas rurais a equipe repassa, além de agasalhos, também cestas básicas.
Sopões
Como as baixas temperaturas começaram mais cedo este ano, desde o início de maio, desde então a Secretaria de Desenvolvimento Social coloca em prática seu projeto Sopão Solidário. A distribuição é através dos cinco CRAS na cidade, duas vezes na semana, às 11h30min. Luciane Bidinoto explica que a prioridade é assistir as famílias que não recebem cestas básicas.
Em junho, serão servidas duas mil porções de sopa, 400 em cada CRAS. A secretária avalia como um apoio relevante, e destaca que “isso só é possível com o auxílio dos são-borjenses”. Uma das formas de arrecadação de alimentos continua sendo o projeto Vacinação Solidária, através de parceria das secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social. Ao se vacinarem, as pessoas levam um quilo de alimento não perecível. Alimentos também podem ser levados diretamente na SMDS.
Albergue e Ronda Social
Com o frio intenso, a equipe da Ronda Social redobra atenção para identificar pessoas em situação de rua e que precisam de abrigo. A abordagem é feita principalmente durante o dia, e as pessoas necessitadas são convidadas a procurar o Albergue Municipal. Antes, porém, devem se submeter à testagem em relação à Covid no Centro de Triagem.
Como o Centro de Triagem atende até as 22h, as secretarias da Saúde e de Desenvolvimento Social viabilizaram um serviços especial para testagens também além desse horário. O atendimento e avaliação em relação à Covid a partir das 22h são prestados no CAPS-AD (Centro de Atendimento Psicossocial-Álcool e Drogas). A unidade funciona no antigo hospital São Francisco.
Se a pessoa precisar pernoitar no Albergue Municipal deve se dirigir ou ser conduzida ao antigo CRAS do bairro Boa Vista. O local, além de pernoite, oferece serviço de banho, janta e café da manhã. Permanências além de três noites são avaliadas pelo CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social).