Quero admitir que me acho internamente adormecido como um vulcão que sofreu uma erupção, está paralisado, secou e mudou a maneira de ler as coisas que o rodeiam. O exterior, por mais que nos esforcemos para ser esteticamente brilhante, são nas entranhas da alma que se escondem as minuciosas facetas de nossa realidade. Até gosto que me digam o que é a vida e suas curvas. Também sei que ela tem suas plumas e duras penas. Não peço previsões, apenas quero tê-las como vier ás minhas mãos. Suas vitórias e derrotas e desses amores sem solução ou dessas tais dores do coração é que vamos sobrevivendo e fazendo do cotidiano o caminho de ir ou vir. Andar é preciso, mesmo que tenhamos a necessidade de ser amparados por muletas, é preciso prosseguir mesmo com o coração batendo calado quando não está a ouvir, os murmúrios das consciência. Mas aflorar sentimentos é abrir as portas para dar vazão aos vendavais remexidos do amor. No nosso próprio limite leva-se a vida tentando construir novos sonhos, refletindo momentos navegando em águas desconhecidas, mas rumando para o azul celeste da onde não sei…
Adormeci, mesmo que haja erupção do vulcão, mas lê sobre outro olhar as coisas que o rodeiam
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