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Alma fatigada

Trago uma alma cansada

Tão exausta que, só de pensar, se exaure

Talvez esgotada de si mesma

Ou fatigada por sonhos não atingidos

Amores não vividos

Amanheceres não despertados

Composições não manifestadas

Fragrâncias não experimentadas

Plantações não colhidas

Taquicardias não entendidas

Beijos não saboreados

Verdades não compartilhadas

Êxitos não celebrados

E sorrisos não distribuídos

Sim, ela está cansada

Talvez queira dormir

Descansar de tudo aquilo que lhe cansou

Para desfrutar do sono eterno

Poeticamente terno

Talvez até subalterno

De um cansaço só seu

Sua falência, e também seu apogeu.

Redação
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Revista Digital de todos os acontecimentos do círculo social e público da cidade de São Borja e Região.
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